PGE de São Paulo usa IA generativa para acelerar processos e reduzir tarefas repetitivas de procuradores
A Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo (PGE) apresentou, durante o Oracle Data & AI Forum, os resultados de sua transformação digital com o uso de inteligência artificial (IA) para automatizar e otimizar a análise de processos. O projeto, iniciado em 2022 com a implantação do sistema Attus Procuradoria Digital, em parceria com a Oracle e a Prodesp, tem permitido reduzir tarefas repetitivas e apoiar os procuradores em casos complexos. Segundo o procurador Virgílio Bernardes Carbonieri, o desafio era alinhar a advocacia pública às mudanças já em curso no Judiciário e em escritórios privados, que também vinham incorporando tecnologias de automação. “A IA nos ajuda a retirar tarefas repetitivas da mesa dos procuradores e fornecer resumos do que tem em cada caso, trazendo eficiência e rapidez para a atuação”, afirmou. Evolução e resultados A primeira aplicação ocorreu em 2022 em demandas relacionadas a benefícios de militares, que somavam milhares de processos mensais. O sistema automatizou fluxos de resposta, encaminhou informações para outros órgãos e padronizou defesas. Com o avanço, a IA passou a abranger novas áreas, alcançando hoje a classificação de 73% dos casos com acurácia de 98,5%. A chegada da IA generativa ampliou a automação, gerando resumos desde a entrada do processo até suas fases posteriores, com informações customizadas por área de atuação. “Os procuradores recebem resumos sob medida, que destacam as informações mais relevantes para cada tipo de processo”, explicou Virgílio. Ésio Cunha, CEO da Attus, destacou que o sistema hoje realiza resumos de petições, auxilia no cadastro e identifica informações-chave específicas de cada área, como trabalhista ou tributária. Ele lembrou que a viabilidade do projeto só foi alcançada com a infraestrutura da Oracle Cloud Infrastructure, que permitiu reduzir custos e escalar o uso de modelos de IA generativa. Segurança e governança Um dos pontos centrais do projeto é a confidencialidade dos dados jurídicos. O treinamento da IA ocorre em ambiente fechado, segregado e exclusivo da PGE. “Tudo o que fazemos é para uso da Procuradoria, sem retreino externo do modelo”, afirmou Virgílio. De acordo com Bento Bueno, da Oracle, a infraestrutura garante segurança, escalabilidade e possibilidade de testar diferentes modelos de IA, ajustando custos e desempenho. “A PGE demonstra o potencial de impacto da IA generativa em serviços públicos, acelerando análises e aumentando a assertividade”, disse. Próximos passos A PGE planeja avançar para que a IA não apenas sugira modelos de manifestação, mas seja capaz de gerar documentos jurídicos completos, alinhados à jurisprudência e orientações internas da instituição. Outra frente é a expansão do uso da tecnologia para a área consultiva, que envolve pareceres sobre processos administrativos de grande volume e complexidade. Atualmente, cerca de 950 procuradores têm acesso à ferramenta. A adoção foi feita de forma faseada para garantir confiança e valor agregado em cada etapa. “Confiança é tudo aqui na automação”, reforçou Virgílio.

A Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo (PGE) apresentou, durante o Oracle Data & AI Forum, os resultados de sua transformação digital com o uso de inteligência artificial (IA) para automatizar e otimizar a análise de processos. O projeto, iniciado em 2022 com a implantação do sistema Attus Procuradoria Digital, em parceria com a Oracle e a Prodesp, tem permitido reduzir tarefas repetitivas e apoiar os procuradores em casos complexos.
Segundo o procurador Virgílio Bernardes Carbonieri, o desafio era alinhar a advocacia pública às mudanças já em curso no Judiciário e em escritórios privados, que também vinham incorporando tecnologias de automação. “A IA nos ajuda a retirar tarefas repetitivas da mesa dos procuradores e fornecer resumos do que tem em cada caso, trazendo eficiência e rapidez para a atuação”, afirmou.
Evolução e resultados
A primeira aplicação ocorreu em 2022 em demandas relacionadas a benefícios de militares, que somavam milhares de processos mensais. O sistema automatizou fluxos de resposta, encaminhou informações para outros órgãos e padronizou defesas. Com o avanço, a IA passou a abranger novas áreas, alcançando hoje a classificação de 73% dos casos com acurácia de 98,5%.
A chegada da IA generativa ampliou a automação, gerando resumos desde a entrada do processo até suas fases posteriores, com informações customizadas por área de atuação. “Os procuradores recebem resumos sob medida, que destacam as informações mais relevantes para cada tipo de processo”, explicou Virgílio.
Ésio Cunha, CEO da Attus, destacou que o sistema hoje realiza resumos de petições, auxilia no cadastro e identifica informações-chave específicas de cada área, como trabalhista ou tributária. Ele lembrou que a viabilidade do projeto só foi alcançada com a infraestrutura da Oracle Cloud Infrastructure, que permitiu reduzir custos e escalar o uso de modelos de IA generativa.
Segurança e governança
Um dos pontos centrais do projeto é a confidencialidade dos dados jurídicos. O treinamento da IA ocorre em ambiente fechado, segregado e exclusivo da PGE. “Tudo o que fazemos é para uso da Procuradoria, sem retreino externo do modelo”, afirmou Virgílio.
De acordo com Bento Bueno, da Oracle, a infraestrutura garante segurança, escalabilidade e possibilidade de testar diferentes modelos de IA, ajustando custos e desempenho. “A PGE demonstra o potencial de impacto da IA generativa em serviços públicos, acelerando análises e aumentando a assertividade”, disse.
Próximos passos
A PGE planeja avançar para que a IA não apenas sugira modelos de manifestação, mas seja capaz de gerar documentos jurídicos completos, alinhados à jurisprudência e orientações internas da instituição. Outra frente é a expansão do uso da tecnologia para a área consultiva, que envolve pareceres sobre processos administrativos de grande volume e complexidade.
Atualmente, cerca de 950 procuradores têm acesso à ferramenta. A adoção foi feita de forma faseada para garantir confiança e valor agregado em cada etapa. “Confiança é tudo aqui na automação”, reforçou Virgílio.
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